Curso de Matemática da UFAL celebra 50 anos de existência

Por Edvan Anselmo, Míriam Pimentel e Vanesa Santos – Estudantes de Jornalismo da Universidade Federal de Alagoas

Fachada do prédio principal do Instituto de Matemática, localizado no Campus A.C. Simões da Universidade Federal de Alagoas. (Foto: Míriam Pimentel)

Em setembro deste ano, a comunidade acadêmica do curso de Matemática pertencente à Universidade Federal de Alagoas (UFAL) comemorou 50 anos de sua existência e foi homenageada através das solenidades do Jubileu de Ouro promovidas pela instituição. O evento ocorreu no auditório da reitoria e contou com homenagens aos docentes, estudantes e técnicos que fizeram parte da história do Instituto de Matemática (IM).

O curso de Matemática da Ufal teve sua fundação em 29 de setembro de 1974 e atualmente conta com as modalidades de bacharelado e licenciatura, também promovendo programas de Pós-graduação, Mestrado e Doutorado. A professora e coordenadora do curso de Matemática, Elaine Cristine, explica a relevância do Instituto para a preparação e ocupação de membros do curso em diversos campos da ciência Brasil afora:

Elaine Cristine, professora e coordenadora dos cursos licenciatura e bacharelado de Matemática (Foto: Míriam Pimentel)

“São 50 anos de muita luta, trazendo a matemática para o estado de Alagoas e uma matemática de tão alto nível. Nós temos egressos do curso de matemática bacharelado nas regiões do país e também no exterior. Nós temos, por exemplo, o egresso Fernando Kodá, que é um dos maiores nomes da matemática brasileira e passou pelo curso de matemática bacharelado e está em Princeton (Universidade nos EUA) hoje”. Elaine relembra que não só alunos, mas também membros da comunidade acadêmica do IM como o prof. Gregório Neto e prof. Márcio Batista atualmente fazem parte da Academia Brasileira de Ciências, solidificando o Instituto em posição de destaque.

O curso de Matemática, tanto Licenciatura quanto Bacharelado, busca levar os discentes a traçar uma carreira não só acadêmica, mas voltada a atividades multidisciplinares de forma colaborativa em diversas áreas como economia, física, engenharia e outros seguimentos. Para Lucas Hiroshi, estudante do sétimo período do curso, a grandiosidade da Matemática não está só na pluralidade de locais de atuação, mas no que essa atuação pode agregar: “É poder retribuir à sociedade com pesquisas e trabalhos que melhoram em si a sociedade, a humanidade”. O aluno explica que, atualmente, as pesquisas do IM buscam aplicar inteligência artificial e demais mecanismos tecnológicos, mas também trabalham com a “matemática pura” na busca pela prevenção de fenômenos naturais catastróficos e demais problematizações.

Lucas Hiroshi, aluno do sétimo período do curso de Matemática (Foto: Míriam Pimentel)

No que diz respeito à iniciação no curso, a professora e coordenadora Elaine ressalta a importância do NES (Novo Ensino Suplementar) para a inserção de novos alunos na graduação: “Ele (o NES) traz o aluno desde o ensino médio e o mesmo tem a oportunidade de vir até a universidade para ter cursos de alto nível, tanto de matemática quanto de computação”, explica Elaine.

Recentemente, o curso de Matemática bacharelado da Ufal passou por avaliação realizada pelo MEC (Ministério da Educação) e obteve um parecer prévio de bons resultados, em comparação às últimas avaliações. Segundo Elaine, este feito é resultado da atenção de cada membro da comunidade aos detalhes que fazem o Instituto de Matemática dar continuidade diariamente à sua operação: “Cada detalhe do que foi feito aqui por professores, técnicos, profissionais da limpeza e estudantes foi importante para essa avaliação. Tenho muito orgulho do IM, a palavra que o resume é ‘excelência’”, finaliza.